O mercado de compra e venda entre consumidores (o chamado ‘mercado C2C’ – Costumer to Costumer) sempre deixou grandes margens para que ocorram fraudes e outros tipos de incomodações. A cada dia cresce mais o número de pessoas que compram aparelhos telefônicos e outros gadgets por meio de leilões virtuais ou de plataformas como eBay e MercadoLivre.
Milhares de aparelhos são vendidos e comprados, e grande parte desses negócios envolvem o popular smartphone da Apple, o iPhone. Mas tome cuidado, podem existir diversas formas de trapaças nessas transações, o que causa uma enorme dor de cabeça tanto naqueles que estão comprando como nos que estão vendendo seus aparelhos. Neste post falaremos um pouco sobre o assunto e o que fazer para evitar que isso aconteça.
1. Preço muito baixo e pagamento antecipado
Seja cauteloso com propostas que envolvem preços muito baixos e pagamento antecipado obrigatório. Os vendedores podem encontrar distintos argumentos para tentar lhe convencer: ou precisam de dinheiro o mais rápido possível, ou ganharam dois aparelhos iguais etc. Com o intuito de economizar dinheiro, você poderá sair com um aparelho usado quando pensava ser um novo, um celular quebrado ou até mesmo sem nada. No caso do pagamento antecipado, na maioria das vezes a resposta deverá ser: não. As únicas exceções são quando você compra de um vendedor confiável – cuja conta do eBay, por exemplo, possui uma boa pontuação, avaliada pelo menos por algumas centenas de usuários.
2. Aparelhos quebrados ou réplicas feitas de cera e papel
Tanto lojas físicas ou online podem tentar enganar você. Muitos fraudadores que vendem aparelhos quebrados interrompem o cliente quando eles vão revisar o celular para saber se está tudo certo, ou dizem que a bateria terminou e que você terá que conectá-lo na tomada antes de ligar. Essas pessoas têm muita experiência e vão saber convencê-lo.
Quando, em casa, as vítimas abrem a caixa para usufruir de sua nova compra, encontram uma desagradável surpresa. Uma curiosa situação ocorreu com um homem que comprou um iPad Mini e um iPhone 4S pelo Craigslist, um popular site norte-americano de compra e venda de serviços e produtos c2c. Um entregador levou os produtos até sua casa, recebeu o dinheiro e foi embora rapidamente. Dentro da caixa, ao invés dos produtos Apple, havia um tijolo feito de cera e um notebook de papel.
3. iPhone de empresas chinesas e… com sistema operacional Android
Muita gente compra iPhones falsos de empresas chinesas porque o preço é muito menor que o do verdadeiro, mas isso é uma escolha pessoal. Mas inúmeras vezes esses aparelhos são vendidos como se fossem originais.
Neste caso há uma maneira muito simples de detectar a falsificação. Como o iPhone original funciona com o sistema operacional iOS e o falso, com Android, o que você deve fazer é descobrir qual loja online o aparelho suporta: Google Play (Android) ou App Store (iPhone).
4. Aparelhos roubados
Quando você compra um iPhone de segunda mão, há grandes chances de que um vendedor desonesto esteja lhe vendendo um aparelho roubado. Assim, não há como saber se tudo está funcionando bem ou não. Fique sempre atento ao conferir o perfil do vendedor e as avaliações que recebeu de outros consumidores, procure por outros anúncios da mesma pessoa, e quando receber o aparelho, compare sempre o código, número de série e IMEI que está na caixa com os que estão gravados no próprio aparelho.
5. Aparelhos remanufaturados
Ao comprar um iPhone remanufaturado de fábrica, você economiza um certo dinheiro, pois a empresa confere todo o interior e exterior do aparelho, para certificar-se de que não há nenhum defeito. Porém a inspeção de qualidade pode ser menor se a remanufaturação foi realizada por uma empresa terceirizada, e não na fábrica original.
6. Bloqueio remoto e chantagem
Cuidado com os criminosos! Houve casos de pessoas que compraram iPhones usados e descobriram que o aparelho estava bloqueado com o aplicativo Find iPhone (que funcionam apenas os celular que possuem iOS 6 ou superior), utilizado geralmente pelos donos dos aparelhos quando estes sofrem roubos. Depois, há quem faça chantagem com as vítimas, como por exemplo, contar para a polícia que ela possui um telefone roubado. Para fazer o smartphone funcionar novamente, você deve resetar o sistema operacional antes de comprar.
Se você for vender o seu iPhone, tenha a certeza de que deletou tudo o que há nele. Se não, prepare-se para enfrentar desagradáveis consequências, especialmente se você tem informações importantes guardadas no cartão de memória. Nesse caso você deverá solicitar o bloqueio remoto do telefone.
7. Lojas falsas e vendedores/compradores que saem perdendo
Às vezes hackers criam sites de compra e venda que na verdade não passam de lojas online falsas para obter dados de cartões de crédito e outras informações pessoais de eventuais vítimas. A situação pode ser muito desagradável, e até mesmo a pessoa que vende seu iPhone sai perdendo: o consumidor envia o pagamento mas o comprador não o recebe, pois de fato esses dados são utilizados pelos criminosos para roubar o dinheiro do seu cartão de crédito.
8. Roubos, falsificações, trapaças e outras fraudes
Se você comprar um iPhone usado de um vendedor local, combine o encontro para entrega do aparelho em um local público, com Wi-Fi livre para que você possa proteger-se de roubo e checar se o telefone funciona corretamente.
Se puder, leve o dinheiro exato. Isso é bom para o vendedor e para comprador, pois o protege de receber de volta alguma nota que seja falsa. Não aceite trocar o dinheiro por notas menores, esteja sempre atento e não tenha vergonha de averiguar duas ou três vezes que o aparelho realmente funciona.
Todos esses conselhos podem ser muito úteis para toda transação de compra e venda de qualquer gadgets ou aparelhos celulares. Os produtos Apple são um pouco mais atrativos e assim chamam a mais a atenção de fraudadores, e por isso resolvemos tomá-los como exemplo aqui.
Fonte Blog da Karspersky
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